sexta-feira, 13 de julho de 2012

Sondagem

Para que possa saber o que acharam do novo passatempo, pedia-vos que respondessem á sondagem que publiquei! 

Passatempo!

Olá! Hoje atrevo-me a desafiar-vos para um pequeno passatempo, aposto que todos conhecemos histórias da humanidade que nos fascinam, sejam elas tragédias, comemorações o que vocês quiserem o que proponho é que arranjem detalhes e passem para o papel em forma de reportagem ou notícia! Então que dizem?
Para mais informações contactem-me para o dricakel139@hotmail.com e enviei para lá,também,os vossos textos do passatempo.
Mais tarde postarei os detalhes de fim do prazo. Mas podem começar já a enviar!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Books"

Já viram o torneio que está a decorrer neste blog, uma ótima ideia de facto, o top 10 das heroínas dos livros que mais gostam e são vocês leitores que votam, por isso participem !!!

http://yabookreviewsportugal.blogspot.pt/2012/07/torneio-de-heroinas-liricas.html

quinta-feira, 28 de junho de 2012

wook, super oportunidade !!!

Têm de aproveitar, porque hoje a wook está com uma campanha fantástica...

Hoje, podem dispor da compra de vários produtos, que os portes serão completamente grátis para todo o mundo (apenas em encomendas superiores a 15 euros).

MAS...


Campanha válida no dia 28/06/2012, no horário de Portugal continental, em encomendas de valor superior a 15 euros, nos tipos de envio CTT Expresso Clássico (até 10 kg), Expresso Internacional, Expresso Clássico Europa e Expresso Espanha. Exceto livros escolares. As regras da campanha terão que se verificar sempre, independentemente das alterações à encomenda (ex.: produtos esgotados ou anulados).


Aproveitem!
www.wook.pt

terça-feira, 26 de junho de 2012

WOOK

Olá, a todos! A wook está com uma campanha muito interessante...


Como já devem saber  Emma Wildes regressa com um novo romance sensual em Pecados Escondidos e Carlos Ruiz Záfon retoma a história de Daniel e Fermín no seu novo livro O Prisioneiro do Céu. Estes livros serão lançados no dia 28 de junho. 


No entanto, já é possível encomendá-los com 10% desconto e ainda oferta de portes no período de pré-lançamento (até 27 de junho).
Na campanha “Literatura” encontra vários banners para a promoção destes livros.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Country love



Finalmente chegou o fim de ano escolar. Hoje à noite vou sair com os meus amigos, mas o que me deixa mais animada é que a partir de amanhã posso ir para o campo com meu pai. Minha mãe diz que saio a ele na paixão pelos cavalos, daí querer seguir o seu trabalho a seu lado, cuidar do que é nosso.
Nós somos criadores de cavalos de Puro-sangue Lusitano, porque são uns cavalos incríveis, muito versáteis, muito dóceis, ágeis e muito corajosos. Como a nossa herdade é enorme empregamos muita gente e temos alguns caseiros, mas não pode ser qualquer um, têm que ter amor pelos animais.
- Dália, amiga, mas quem é o bonzão que está lá fora? – Perguntou a minha amiga Lisa ao entrar no quarto abanando-se toda, quando me estava a terminar de vestir para sairmos.
- Hum? Mas qual bonzão!?
- O tipo louraço, olhos azuis e musculado! Amiga mas não tens olhos para ver!? – Perguntou ela surpresa por não saber de quem falava, realmente ainda não tinha visto ninguém com essa descrição.
- Lisa amiga, não há ninguém com essa descrição por estas bandas. – Respondi-lhe eu, mas lembrei-me que meu pai tinha contratado mais um casal alemão para caseiros e que tinham um filho pouco mais velho do que eu. – Espera, agora me lembro, deve ser o filho dos novos caseiros, parece que são alemães.
- Amiga, nesse caso tens que mo apresentar.
- Ficaste doida!? Nem sequer o conheço, aliás, nem sequer ainda o vi.
- Mas quando o conheceres. – Disse ela sorrindo.
- Lisa é melhor irmos, a tua mãe está à nossa espera. – Disse eu terminando de me pentear e apanhado a minha mala. – Esse vestido fica-te mesmo bem. – Elogiei o seu vestido curto de cor preto.
- Obrigado, também tas muito bem.
- Obrigado. – Vestia uns curtos calções simples pretos com um top justo vermelho. – Tchau mãe, pai até mais logo.
- Não poderei ir-te buscar, mandarei o Mark. – Disse meu pai de roda de alguns papéis. – Tenham juízo meninas.
- Ok, nós somos ajuizadas pai. – Respondi-lhe eu dando-lhes um beijo a cada um.
Lá fomos nós ter com os nossos amigos, primeiro jantámos, depois sim, fomos para a discoteca divertirmo-nos. Realmente foi uma noite bem divertida, até eu que não costumo beber, acabei bebendo um pouco mas, acho que fiquei bêbeda ao terceiro copo por não estar habituada ao álcool. Pelas duas horas apareceu um tipo corpulento a dizer que tinha ordens de meu pai para me levar para casa. – Bom, deves ser o Mark, certo? – Estava a ver tudo a rodar. Ele apercebeu-se de que eu não estava bem, agarrou-me ao colo e levou-me para o jipe. Hum! Acho que assim que fui colocada no banco adormeci e só acordei no dia seguinte já na minha cama. – Hããã, estou na minha cama!? – Realmente não me lembrava de nada, espero não ter feito nenhuma asneira, era só no que pensava.
Levantei-me, tomei um duche frio antes de sair do quarto e fui ter à cozinha. Tirei um sumo de laranja para beber um pouco, quando uma senhora que não conhecia entrou na cozinha e assustei-me.
- Desculpe menina, não a queria assustar. – Disse a senhora simpática.
- Não faz mal, acho que ainda estou meio a dormir, só isso. E você quem é? – Perguntei bocejando.
- Sou a Mary, a nova empregada. Como se sente hoje? O meu filho ontem já a trouxe a dormir para casa.
- Apesar da dor de cabeça, bem obrigado. – Massajei a fonte do lado direito, estava ainda latejando.
Terminei de beber o sumo de laranja e de comer uma metade de umas sandes de fiambre, despedi-me de Mary e saí da cozinha. Já era tarde e doía-me a cabeça mas, mesmo assim fui para os estábulos preparar o meu cavalo para ir ter com meu pai.

***
Estava eu a terminar de colocar a cela no meu cavalo quando surgiu um rapaz louro de olhos azuis, ainda não o tinha visto por aqui a trabalhar, mas lembrei-me vagamente da noite anterior, era o mesmo rapaz que me tinha ido buscar à discoteca.
- Bom dia. – Falei eu. – Desculpa, por acaso és o Mark?
- Sim. – Respondeu ele parecia ser de poucas palavras.
- Obrigado por ontem…
- Era a minha obrigação. – Respondeu arrogantemente. Acrescentando ainda. – Menina dos papás. – Montou numa égua branca e foi-se embora.
- Mal-educado. – Gritei-lhe eu. - Mas que mal lhe fiz para ser arrogante? - Após ter terminado de preparar o meu cavalo, montei e fui ter com meu pai e os homens, sabia exactamente onde os encontrar.
Para meu azar mesmo quando estava a chegar, o meu cavalo assustou-se com uma maldita cobra, empinando-se nas patas traseiras. Não me consegui suster e caí de costas no chão. Mark era quem estava mais perto e correu para mim para me ajudar. Eu já me estava a levantar, quando ele me pegou no braço e me levantou num ápice. – Obrigado, uma vez mais.
- Toma mais cuidado para a próxima.
- Eu tomo cuidado, só que fui apanhada de surpresa.
- Estás bem Dália? – Perguntou meu pai descendo do seu cavalo preocupado comigo.
- Sim, estou bem pai. – Respondi eu dando-lhe um beijo.
- Devias voltar para casa. – Disse-me ele ainda preocupado.
- Não é preciso, estou bem. Vamos ao trabalho? – Perguntei eu toda animada voltando a montar no meu cavalo.
- Trabalhar!? Isto não é nenhum recreio para miúdas mimadas. – Disse Mark voltando também a montar no seu cavalo.
Do que ele não esperava era que eu trabalhava lado a lado com os homens. Durante todo o dia, fiz tudo como ele, mesmo depois de almoço regressei para terminar o dia. Já eram horas de jantar e ainda estava nas cavalariças cuidando do meu cavalo e enquanto não o lavei, escovei e verifiquei os cascos, não fui para casa. Mary teve que me vir chamar para ir jantar. Mark estava de longe a observar-me, o que estaria a pensar?
Depois do jantar regressei para junto de meu cavalo e voltei a montá-lo, adorava montar ao luar e muitas vezes nesse passeio nocturno, não colocava cela. Estava eu cavalgando quando Trevo voltou a assustar-se com algo que surgiu por trás, mas que raio o que se passa hoje com ele para andar assustadiço? 
Escorreguei e voltei a cair de lado e desta vez em cima de alguém. Quando olho, era Mark que estava debaixo de mim, este por sua vez, deu meia volta ficando por cima de mim e assim ficou uns breves instantes mas acabei por faze-lo sair de cima e levantei-me de rompante.
- Desculpa cair-te em cima. – Disse eu me afastando dele e me aproximando de Trevo.
- Não tens de que. – Disse ele também e levantando-se virando-me as costas.

***

Todos os dias ia trabalhar com meu pai e todos os dias Mark era arrogante para comigo. Certo dia, dois cavalos fugiram e nós dois fomos atrás deles. Mais parecia um despique para ver quem fazia melhor o trabalho. Não me deixando intimidar por nada, consegui alcançar primeiro os cavalos e não os deixei voltar a fugir, começando a colocar um laço ao pescoço para voltarem comigo.
Mark quando chegou ao pé de mim fez o mesmo, só que o cavalo em que ele estava a colocar o laço, estava inquieto e empinou-se nas patas traseiras. Para que não lhe acertasse com as patas dianteiras, recuou e tropeçou numa pedra. Caindo assim em cima de mim, só que em vez de se levantar, deixou-se ficar e começou a acariciar-me o rosto e para minha admiração, beijou-me.
Quando alguns homens estavam a aproximar-se, levantou-se de rompante  levantando-me também.
- Vocês estão bem? – Perguntou um deles.
- Sim, estamos. – Respondi eu.
- A menina é que passa o tempo a cair. – Disse Mark sem olhar para mim.
Os homens estranharam pois conheciam-me bem e sabiam que não era bem assim, souberam que algo não estava bem. – Dália, tem a certeza que está bem!?
Abanei a cabeça para dizer que sim, voltamos para junto dos outros sem dizer uma única palavra.
Nessa noite quando estava acariciando Trevo, Mark surgiu-me por trás silenciosamente começando acariciar-me os meus longos cabelos.
Virei-me assustada afastando sua mão de mim. – O que estás aqui a fazer? – Perguntei-lhe eu voltando de novo para Trevo.
- Hoje não montas? – Perguntou ele um pouco simpático.
- Não respondas com outra pergunta. E isso não é da tua conta.
- E se eu te disser que gosto de te ver a galopar à luz do luar? – Disse ele quase a sussurrar, aproximando-se de mim e pegando-me pela cintura.
- Não acreditaria em ti. – Respondi-lhe afastando-me dele. – Se não te importas, quero ficar sozinha.
- Não antes disto. – Começando a beijar-me intensamente e abraçar-me, parou quando se ouviu passos lá fora. – Tem uma boa noite. – Piscou-me o olho e saiu.
Era meu pai, que tinha ido me procurar. Andava preocupado tal como minha mãe. – Está tudo bem, pequenina?
- Não sou mais pequenina pai, e sim estou bem. – Respondi eu ajeitando o cabelo.
- Tens a certeza? É que tens andado muito estranha nos últimos tempos.
- Não é nada. Pai, se não se importa amanhã não vou trabalhar, quero ir galopar um pouco sozinha. – Estava a precisar de pensar um pouco, realmente nos últimos tempos sentia-me diferente, e a forma que Mark me tratava era irritante, para não falar das últimas atitudes dele.
- Claro querida, também precisas de descansar um pouco, não é só trabalhar. – Respondeu ele sorrindo-me. – Mas agora vamos voltar para casa, o descanso também requer umas horas de sono.
Saímos das cavalariças abraçados e quando estávamos a caminho reparei que Mark nos observava sentado a um das portas na companhia de outros homens, que estavam tocando viola.

***
Estava caminhado ao lado de Trevo descontraidamente pelo campo pensando nos últimos acontecimentos, quando me surge Mark na sua égua. Mas que raio! Eu queria estar sozinha e este aparece-me aqui!
- Olá, tudo bem? – Perguntou ele descendo da égua.
- Hum, hum. – Sem dizer mais continuando a caminhar.
- Fiquei preocupado, hoje não foste trabalhar! – Disse ele muito simpático.
- Hum! Desde quando te preocupas comigo!?  Se estás sempre feito arrogante comigo! – Fiquei surpresa por tal, realmente não espera ouvir tal coisa vindo dele.
- Talvez desde o dia que te trouxe para casa nos meus braços. – Respondeu ele muito sério, pondo sua mão no meu ombro esquerdo fazendo-me assim parar. – Adormeceste praticamente assim que te agarrei ao colo.
- Pois, não costumo ser assim. – Sentindo-me envergonhada ao relembrar.
- Eu sei, a tua mãe disse que não está habituada ao álcool. – Disse ele deixando-se rir.
- Mas o que estás aqui a fazer? – Perguntei-lhe olhando para os seus grandes olhos azuis.
- Queria dar-te isto. – E começou a beijar-me como na noite anterior só que desta vez com muita ternura.
Nossa! Mas que beijo! Mas fomos interrompidos pelo galopar de um cavalo, era meu pai. – O que estás aqui a fazer Mark!? – Perguntou ele surpreso de o ver ao meu lado.
- Desculpe senhor, é que meu pai disse que podia tirar o resto do dia, então vim dar um passeio e encontrei a menina Dália.
“- Este tipo é mesmo irritante! Porque não disse a verdade!?” - Pensava eu, quando dei por mim a falar em voz alta. – Que irritante. – Fazendo-os pensar errado.
- Desculpe incomoda-la menina. – Disse Mark montando na égua, pensando que não estava a gostar da companhia dele.
- Sim, é melhor ires. – Disse meu pai pensando que ele me estava a irritar. – Mark, amanhã podes tirar o dia de folga, em vez de tirar apenas bocados.
- Obrigado senhor, é o que farei. – Respondeu ele friamente e foi-se embora.
À noite quando nos cruzamos nas cavalariças, ele estava de novo arrogante comigo. – Mas que raio te fiz, para me tratares mal?
- Não me dou com meninas mimadas. – Respondeu arrogantemente, virando-me as costas e foi-se embora.
“Sou mesmo uma idiota! Se um tipo como ele se interessasse por mim seria por ser filha do patrão, não por gostar de mim”. Saí das cavalariças a correr, as lágrimas corriam-me pelo rosto abaixo só de pensar em tal coisa. Esbarrando num pequeno grupo de homens e sem me desculpar por tal.
Entrei em casa batendo com as portas, fui para o quarto e deitei-me na cama a chorar até adormecer.
Na manhã seguinte depois de me levantar bebi apenas um copo de leite. Andei pela casa como uma muda sem dizer uma única palavra, apesar de minha mãe insistir em saber o que se passava comigo.
 À hora do almoço não toquei no comer, sai da mesa apanhei o chapéu e fui para as cavalariças. Preparei Trevo e fui galopar, tomando o caminho da cachoeira, era um dos meus sítios preferidos da herdade. Adorava nadar no rio e pôr-me debaixo de água para que caísse em cima de mim.
Como ninguém vinha para a cachoeira eu despia-me toda para nadar, mas quando estava quase toda despida já só de tanga, surgiu-me Mark na água.
Tapei-me de imediato com a blusa e comecei a querer apanhar os calções para vestir.
- Ora, ora quem ela é! – Disse ele sarcasticamente.
- Mas o que fazes aqui!? – Perguntei surpresa por vê-lo ali, tentando me cobrir. – Será que podes virar para lá? Preciso de vestir-me. – Sentindo-me a corar.
- Há algum problema em olhar!? – Perguntou ele saindo da água.
Credo ele está pelado, virei-lhe as costas vestindo depressa a blusa, quando ia a desatar a correr ele impediu-me pegando no braço fazendo-me virar para ele. – Solta-me. – Disse eu sem êxito.
- Sabias que ficas linda, quando estás envergonhada? – Disse ele sorrindo e com a outra mão acariciou-me o rosto.
- É melhor me soltares cretino, não faço o teu tipo. – Disse eu quase a gritar com ele. Ainda estava irritada pela maneira que me tem vindo a tratar, só de pensar na possibilidade do único interesse em mim era de ser filha do patrão…
- Não te precisas exaltar, por me veres assim. – Disse ele soltando-me.
- Seu cretino arrogante, deixa-me em paz. – Disse já a chorar. Maldição! Agora viu-me a chorar e comecei a correr.
Não fui longe porque ele foi atrás de mim, agarrou-me pelo braço e fez-me olhar para ele. – Mas do que estás a falar!? Eu não sou nenhum cretino.
- Não és!? Então como explicas de passares o tempo a maltratar, beijares-me e… - Fui interrompida por um beijo.
Depois de ter-me beijado ofegantemente mal conseguia falar, por fim conseguiu dizer. – Talvez por te amar, como nunca amei ninguém.
Eu estava igualmente ofegante, afundei meu rosto em seu peito e continuei a chorar. Ele levantou-me o rosto com a sua mão, sorrindo. – Parece que somos os dois uns idiotas, por não sabermos lidar com os nossos sentimentos.
Deixei-me sorrir para ele. – Parece que tens razão.
E ali estávamos nós no meu sítio preferido a declararmo-nos um ao outro. Ele encostou-me a um tronco de uma das árvores que ali havia, beijou-me e abraçou-me intensamente e eu retribui todas as sua carícias.

Fim


Paula Perleques

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Suspiro- 4º Capítulo (1º Parte)


   
  Depois do almoço, como combinado, fomos dar o nosso passeio.
     Estávamos a atravessar a passadeira entre o túnel e a Junta de Freguesia do Estoril quando reparei num sujeito que estava ao pé do túnel mais abaixo, e pareceu-me ser Diogo.
     Distraí-me a tentar focar os olhos no sujeito e de repente oiço uma voz agitada gritar:
     - Alice Cuidado! – Era a voz de Mafalda.
     Quando me apercebi da voz, virei-me e vi um Jeep na minha direcção, já muito perto de mim. Os meus reflexos não foram tão rápidos como gostaria que tivessem sido naquele momento, e o Jeep preto de espelhos escuros e esfumados prossegui-o sem travar.
     Senti alguém puxar-me o braço bruscamente. Virei-me instintivamente. Diogo. Puxou-me contra ele, e protegeu-me com os seus enormes braços.
     - Ah – soltei um ligeiro gemido de dor.
     Foi tudo tão rápido. Ao passar por nós, o Jeep abrandou ligeiramente, e reparei na cara de Diogo, e este mandava um olhar de «morte» através da janela do Jeep, quase como se conseguisse ver o condutor. Parecia uma cena tirada de um filme de acção, em que o vilão que conduzia, cruzava o seu olhar com o… espera, o que é que hei-de chamar a Diogo? Herói? Nã, estou a engrandece-lo de mais. Rapaz. Sim, simplesmente rapaz… em que o rapaz respondia à troca de olhares, em câmara lenta com, bem, uma rapariga nos braços. A vítima? Sim,  simplesmente a vítima.
     A viatura era um Jeep Wrangler preto com uma pequena asa preta e vermelha colada na parte de trás. Não sei porquê, mas tanto o Jeep como aquele símbolo arrepiaram-me.
     Por fim, o Jeep afastou-se de nós, para cada vez mais longe.
     -Estás bem?
     - O meu braço… - Respondi-lhe, soltando de novo um gemido, mas mais ligeiro.
     A Mafalda atravessou a estrada a correr, sem se preocupar com os carros.
     - Alice, linda! Estás bem!? – Disse num timbre mais alto do que o normal, mas não tão alto para ser considerado um grito.
     O Diogo soltou-me dos seus braços, percebendo que provavelmente seria agora a Mafalda a apertar-me contra si.
     - O meu braço. – Disse-lhe.
     Afastou-se ligeiramente de mim e com um olhar preocupado olhou para o braço que eu apertava ligeiramente.
     - Dói-te muito? O que sentes ao certo?
     - Acho que desloquei o braço. Estou cheia de dores!
     - Ai Alice, no que é que estavas a pensar! Aliás, no que é que estava aquele animal cego estava pensar! Vais é já para o hospital!
     - Liga para o meu pai. – Respondi-lhe apressadamente.
     - Mas…
     - Liga-lhe Mafalda. – Disse-lhe, sem lhe dar tempo para acabar o que ia dizer.
      Tirou o meu telemóvel da minha mala, e levantou-se cuidadosamente. Marcou o número e esperou.
       Enquanto isso, Diogo ajudou-me a levantar, sempre muito cuidadoso.
     - Vais ficar bem miúda.
     - O teu pai disse que estava aqui perto, e que demorava cerca de um minuto a chegar. Olá Diogo…. – Disse Mafalda. Mas aquele «Olá» fora rápido. Estava mais distraída comigo, do que propriamente com o rapaz que estava ao meu lado
     Em menos de um minuto, vi o Jeep do meu pai dobrar a curva, e um sentimento de alívio preencheu-me naquele momento.
     Diogo, deu-me um beijo na testa e murmurou algo ao meu ouvido.
     - Vejo-te depois, agora sei que estás bem entregue miúda - E com isto desapareceu na esquina da Junta de Freguesia.
     O meu pai saiu disparado do carro e mal me alcançou deu-me um ligeiro abraço.
     - Não te preocupes minha querida, vamos tratar de ti.
     Com a ajuda do meu pai e de Mafalda entrei no Jeep. E como já estava à espera, a minha mãe virou-se para trás e perguntou deveras preocupada:
     - O que é que aconteceu Alice? Estou tão preocupada, filha!
     - Um carro passou por mim na passadeira e não sei porquê tentou atropelar-me. – A minha mãe trocou um breve olhar com o meu pai.
     Estavam ambos assustados mas fizeram um esforço para tentar não transmitir isso.
     - Já devemos estar a chegar querida, aguenta só mais um puco. – Disse a minha mãe, passando a mão pela minha perna, numa tentativa de me apaziguar, como só uma mãe faz, como só a minha mãe sabia fazer.  
     E na verdade, estávamos. Era surpreendente o tempo que tínhamos demorado a chegar ao hospital, já estávamos a contornar retunda dos prédios brancos, e eu já conseguia avistar o Hospital de Cascais.     Depois do almoço, como combinado, fomos dar o nosso passeio.
     Estávamos a atravessar a passadeira entre o túnel e a Junta de Freguesia do Estoril quando reparei num sujeito que estava ao pé do túnel mais abaixo, e pareceu-me ser Diogo.
     Distraí-me a tentar focar os olhos no sujeito e de repente oiço uma voz agitada gritar:
     - Alice Cuidado! – Era a voz de Mafalda.
     Quando me apercebi da voz, virei-me e vi um Jeep na minha direcção, já muito perto de mim. Os meus reflexos não foram tão rápidos como gostaria que tivessem sido naquele momento, e o Jeep preto de espelhos escuros e esfumados prossegui-o sem travar.
     Senti alguém puxar-me o braço bruscamente. Virei-me instintivamente. Diogo. Puxou-me contra ele, e protegeu-me com os seus enormes braços.
     - Ah – soltei um ligeiro gemido de dor.
     Foi tudo tão rápido. Ao passar por nós, o Jeep abrandou ligeiramente, e reparei na cara de Diogo, e este mandava um olhar de «morte» através da janela do Jeep, quase como se conseguisse ver o condutor. Parecia uma cena tirada de um filme de acção, em que o vilão que conduzia, cruzava o seu olhar com o… espera, o que é que hei-de chamar a Diogo? Herói? Nã, estou a engrandece-lo de mais. Rapaz. Sim, simplesmente rapaz… em que o rapaz respondia à troca de olhares, em câmara lenta com, bem, uma rapariga nos braços. A vítima? Sim,  simplesmente a vítima.
     A viatura era um Jeep Wrangler preto com uma pequena asa preta e vermelha colada na parte de trás. Não sei porquê, mas tanto o Jeep como aquele símbolo arrepiaram-me.
     Por fim, o Jeep afastou-se de nós, para cada vez mais longe.
     -Estás bem?
     - O meu braço… - Respondi-lhe, soltando de novo um gemido, mas mais ligeiro.
     A Mafalda atravessou a estrada a correr, sem se preocupar com os carros.
     - Alice, linda! Estás bem!? – Disse num timbre mais alto do que o normal, mas não tão alto para ser considerado um grito.
     O Diogo soltou-me dos seus braços, percebendo que provavelmente seria agora a Mafalda a apertar-me contra si.
     - O meu braço. – Disse-lhe.
     Afastou-se ligeiramente de mim e com um olhar preocupado olhou para o braço que eu apertava ligeiramente.
     - Dói-te muito? O que sentes ao certo?
     - Acho que desloquei o braço. Estou cheia de dores!
     - Ai Alice, no que é que estavas a pensar! Aliás, no que é que estava aquele animal cego estava pensar! Vais é já para o hospital!
     - Liga para o meu pai. – Respondi-lhe apressadamente.
     - Mas…
     - Liga-lhe Mafalda. – Disse-lhe, sem lhe dar tempo para acabar o que ia dizer.
      Tirou o meu telemóvel da minha mala, e levantou-se cuidadosamente. Marcou o número e esperou.
       Enquanto isso, Diogo ajudou-me a levantar, sempre muito cuidadoso.
     - Vais ficar bem miúda.
     - O teu pai disse que estava aqui perto, e que demorava cerca de um minuto a chegar. Olá Diogo…. – Disse Mafalda. Mas aquele «Olá» fora rápido. Estava mais distraída comigo, do que propriamente com o rapaz que estava ao meu lado
     Em menos de um minuto, vi o Jeep do meu pai dobrar a curva, e um sentimento de alívio preencheu-me naquele momento.
     Diogo, deu-me um beijo na testa e murmurou algo ao meu ouvido.
     - Vejo-te depois, agora sei que estás bem entregue miúda - E com isto desapareceu na esquina da Junta de Freguesia.
     O meu pai saiu disparado do carro e mal me alcançou deu-me um ligeiro abraço.
     - Não te preocupes minha querida, vamos tratar de ti.
     Com a ajuda do meu pai e de Mafalda entrei no Jeep. E como já estava à espera, a minha mãe virou-se para trás e perguntou deveras preocupada:
     - O que é que aconteceu Alice? Estou tão preocupada, filha!
     - Um carro passou por mim na passadeira e não sei porquê tentou atropelar-me. – A minha mãe trocou um breve olhar com o meu pai.
     Estavam ambos assustados mas fizeram um esforço para tentar não transmitir isso.
     - Já devemos estar a chegar querida, aguenta só mais um puco. – Disse a minha mãe, passando a mão pela minha perna, numa tentativa de me apaziguar, como só uma mãe faz, como só a minha mãe sabia fazer.  
     E na verdade, estávamos. Era surpreendente o tempo que tínhamos demorado a chegar ao hospital, já estávamos a contornar retunda dos prédios brancos, e eu já conseguia avistar o Hospital de Cascais. 

Mariana Campos
Continua....

Desculpem a demora na publicação !

Resultados da Sondagem !

E parece que temos um empate, entre J.R.Ward e Setephanie Meyer, é justo são duas grandes escritores, aliás escritoras de topo. Com grandes obras, por isso digo que acho o resultado justo.

Olá, de novo !

Olá, finalmente posso dizer que estou completamente livre para trabalhar no blog, peço mais uma vez desculpa por esta pausa, mas também estava a precisar para ter novas ideias.
Esta mensagem é basicamente para anunciar que o blog está novamente em funcionamento!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Informação

Olá! A todos os leitores tenho uma má notícia a anunciar, eu sei que nos últimos dias não tenho postado nada e vai continuar assim sem publicações pelo menos até mais ou menos o dia 22 de Junho, espero que aceitem as minhas desculpas mas tenho muito trabalho com a escola neste momento por causa dos exames, mas prometo que depois vos compenso com publicações criativas e super interessantes e quem sabe até um passatempo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Uma frase!!! Um pensamento...

"A pior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher e não corresponde-la"
  
                                                                                                                Bob Marley 
                                                                                                               (sem certeza)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Só tu...

A tua voz é
Uma melodia
Simpática que
Ouço e desejo
A cada dia que passa

Mas o brilho
Dos teus olhos
É um sonho real
Que em mim faz
De ti um ser especial

O sabor dos
Teus beijos
Gostava de conhecer
Para de olhos fechados
Te poder reconhecer


Adriana Carneiro

domingo, 29 de abril de 2012

Suspiro-3º Capítulo (2º parte)



 Passou as mãos pelo seu longo cabelo castanho caramelo, e perguntou-me:

     - Então menina Alice, conta-me tudo! Como é que correu ontem no jantar? – Perguntou-me. Os seus olhos abriram-se ligeiramente, revelando o castanho que os preenchia.

     - Nem me digas nada! – Respondi-lhe com um pequeno suspiro.

     - Então? – Aproximando-se ligeiramente.

     - Ele viu os SMS que troquei contigo.

     - O quê? Oh meu deus, que mal! Deves ter ficado super corada! – Soltou uma gargalhada, e agora tinha um enorme sorriso na cara.

     - É que fiquei mesmo! Mas pronto, ainda consegui desviar o assunto.

      - Mas o que é que ele disse? – Perguntou-me ainda mais interessada. Deu uma dentada na pizza. Parecia que estava a comer pipocas, e aquela conversa era um filme de comédia.

     - Perguntou se nós nos estávamos a referir a ele...

     Soltou outra gargalhada

     – Já sei, já sei, e depois deste-lhe a volta…

     - Sim, pode-se dizer que sim… - balbuciei. Soou mais como um pensamento.

     Dei o primeiro gole no sumo de laranja.

     Como não podia deixar de esquecer, mencionei também a Joyce.

     - Tu contas-te à Joyce?!

     - Sim, mas foi ao acaso…

     - Pois, é que ela chegou a ligar-me. Disse para eu «me fazer ao bife»! E…

     - Espera, não me digas! Ele… - começou por dizer, interrompendo-me.

     - Sim! Ele estava mesmo ao meu lado, e ouviu tudo, tudo, tudo!

     A Mafalda explodiu numa enorme gargalhada. Quase que ia ficando sem ar. As suas faces estavam coradas, mas mais do que as minhas na noite anterior, não estavam nem perto.

     Ainda a recuperar e a rir-se disse:

     - Lindo! Eu devia ter estado lá! Estou mesmo a imaginar a tua cara. Devias fazer um filme com isto.

     - Não tenhas dúvidas! Mas sabes, ele é um bocado convencido, e atiradiço – disse eu. Mas dizer um pouco, era como dizer quase nada.

     - Uuuh, conta! – Respondeu entusiasmada.

     Fiz um breve resumo das atitudes de Diogo. Como não podia deixar de ser, Mafalda gozou com alguma partes, típico dela.

     - Hmmm, acho que vocês os dois, ainda…

     - Nem te atrevas a acabar a frase! – Interrompi-a de imediato. - Como já te disse, ele é um convencido. A única coisa que quero dele é distância. – Disse aquilo de uma maneira natural, mas uma parte relutante em mim alertou-se. Eu não estava a ser totalmente sincera e isso chateava-me ainda mais.

     - Oh, não sejas assim… Podias conhecê-lo melhor e…

     - Mafalda.

     - Ok, ok… Mas pensa nisso!

     Olhei para ela com uma cara de quem diz «está bem, está bem».

     Dei de novo uma trinca na pizza. Mafalda bebeu um pouco do seu sumo e a nossa conversa continuou.

     - Então e tu?

     - Eu o quê? – Perguntou apanhada de surpresa.

     - Se estás interessada em alguém.

     - Nop. Estou sem ninguém e estou muito bem assim.

     - Hmmm, tens mesmo a certeza? – Perguntei-lhe, revelando-lhe um sorriso.

     - Absoluta! – Retribuiu-me o sorriso.

     - Ok, ok… vou esperar para ver…

     Soltou uma pequena gargalhada e revirou os olhos ironicamente.

     Sorri-lhe.
Mariana Campos
CONTINUA...

Histórias encantadas

Á espera da emoção!

De longe
Para te amar
De perto
para te abraçar

Ter-te nos braços
É mais que
Um desejar
É uma realidade
Que vou concretizar

O tempo passou
E o passar fez
Do tempo uma
Longa distância
Que por fim terminou

Pois já quase
Te posso sentir
Como o vibrar
De uma emoção
Que está prestes
A explodir...
Adriana Carneiro
 Dedicado a ti, 
Rodrigo :) 

Visitem...

Olá! Deixo-vos uma sugestão de um blog, que começou á pouco tempo, e que também trata este incrível tema que é a literatura. Visitem tem textos interessantes, escritos pelo Ricardo Pereira por isso se gostaram do texto dele aqui publicado, encontraram mais dos seus textos neste blog!!!
http://textoscomvidas.blogspot.pt/

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Administração

Olá! Infelizmente tenho anunciar que a partir de hoje apenas eu, Adriana, continuarei a gerir o blog. A outra administradora desistiu por motivos pessoais. Espero que mesmo assim continuei a seguir o blog, contarei sempre com vocês!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Uma frase! Um pensamento...

A voz que não se consegue ouvir, é o silêncio que não se consegue transmitir...
                                                                                                
                                                                                                                David Oliveira

terça-feira, 10 de abril de 2012

Refletir...

Olá! Sabem quando lemos uma frase e por mais que façamos não nos sai da cabeça, e de alguma forma faz com que nos leve a mudar certas opiniões ou atitudes. Aprendemos muitas coisas com os livros, sem dúvida que sim, uma das grandes coisas que aprendi com o "Noite da Alma" de Sophia Carpersanti, foi que todo o ser humano tem direito á escolha, só ele pode escolher o seu rumo apresar de muitas vezes ser influenciado por frases, por pensamentos...
Deixo-vos então algumas citações deste livro... Reflitam!

"Mas se sonhar me eleva acima das nuvens, o despertar é uma queda abismal e inevitável. E pergunto-me...Para quê sonhar se tudo o que resta são apenas cinzas amargas de uma realidade que jamais terá lugar? " Pág.223

"Se tudo o que ouço é silêncio... Se tudo o que vejo é escuridão...Se tudo o que sinto é vazio... Como posso ter a certeza de que ainda existo? Apenas porque algo bate no meu peito e a minha mente cansada é capaz de um raciocínio? Que vida é esta que me habita, deixando-me perdida e insensível, erguendo-me para mundos inexistentes numa fuga desesperada á realidade? Na verdade, se não sinto nada e nada me preenche, então só posso estar morta, sonhando com o que foi a vida, neste meu sono eterno" Pág. 489

"E o príncipe debruçou-se sobre a princesa, despertando-a do seu sono eterno com um doce beijo. Mas os lábios que tocam a minha pele queimam-me, deixando marcas eternas. E, embora o meu sono tenha sido frio,vazio e cruelmente solitário, o mundo para o qual desperto encontra-se mergulhado em caos. Assim, ao contrário do que acontece nas histórias de encantar, a primeira coisa que sinto é uma dor profunda, por ter sido obrigada a despertar." Pág. 499

"Se nasci quando te amei... o que restará de mim se me deixares...?" Pág.727

Espero que tenham gostado tanto quanto eu ...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Suspiro- 3º Capítulo (1º parte)



   3º Capítulo (1º parte) 
Ouvi os pássaros a cantar. Era Terça de manhã.
- Raio dos pássaros – disse entredentes.
Ainda estava meia ensonada. Mas tinha dormido tão bem.
Levantei-me da cama, passei o rosto por água, e de seguida dirigi-me para a cozinha.
Preparei uma taça de cereais com leite frio. Enquanto comia, reparei que estava um pequeno papel amarelo na porta do frigorífico.
Querida, eu e o pai saímos. Voltamos às 16h. Se precisares de algo, liga. Beijinhos, Mãe e Pai.
A caligrafia da minha mãe era simplesmente linda e invejável. Desde pequena que ficava admirada da maneira como escrevia. Sempre graciosamente e calmamente.
Espera. Tinha a casa só para mim durante seis horas inteiras?, pensei.
 Nem pensei duas vezes. Mal acabei de comer fui logo tomar um banho. Desta vez tomei um mais demorado e relaxante. Pus os auriculares nos ouvidos, e deixei-me embalar. Era exactamente disto que precisava.
Lembrei-me de ontem. Do Diogo. Apesar de o achar um grande convencido, há algo nele que me atrai. Há algo nele que me faz querer ser simplesmente má. Sim, ele também não facilitava lá muito, mas mesmo assim, havia lago... Algo no seu olhar, liga-se a mim, mantendo-me presa a ele, como se só nós os dois estivéssemos a viver o momento. Algo nos seus olhos castanhos-escuros não me deixa ir.
     Mas não me podia esquecer que apesar disso tudo, ele era um grande convencido! E que provavelmente só deve querer «divertir-se».
     Bem, não vou estar a desperdiçar mais tempo, a pensar nele, afinal de contas, não passava de mais um rapaz arrogante, que tinha acabado de fazer dezanove anos.
     Decidi ligar à Mafalda. Ela era a minha melhor amiga, e se eu precisa-se de alguma coisa ela saberia, só de ouvir a minha voz.
     - Bom dia! – Respondeu ela.
     - Então, o que é que vais fazer hoje? – Perguntei.
     - Não sei, estás a pensar em quê?
     - Os meus pais estão fora, e só voltam às quatro. Queres passar por cá? Podes cá vir almoçar. – Fiz figas.
     - Hmm, parece-me bem! – Respondeu.
     - Ok, aparece daqui a meia hora.
     - Ok – respondeu-me. Do outro lado da linha, podia sentir só pelo tom de voz que estava a sorrir.
     - Olha, vou pôr a Joyce e a Sofia em conferência, ok?
     - Ya, ya põe!
     - Oi! – Disse a Joyce.
     - Olá – respondi.
     - Oi Mafaldinha!
     - Hi! – Respondeu a Mafalda.
     - Olha, convidei agora mesmo a Mafalda para vir cá a casa almoçar, alinhas?
     - Ish, não vai dar. Prometi à minha mãe que ia com ela ver a casa nova…
     - Oh! – Respondeu Mafalda. Fez uma pequena pausa e continuou – Então como é que vai isso?
      - Uma maravilha! Se tudo correr bem, no próximo mês mudamo-nos
     - Ainda bem! Já vais ficar mais perto de nós! Aleluia – disse eu, cantarolando.
     - Mesmo! – Joyce aclarou a voz - Bem, e se combinássemos esse almoço para outro dia?
     - Por mim é na boa! – Respondi-lhe – Tentei ligar à Sofia, mas ela desligou.
     - Uiii, essa. Nem deve de atender nas próximas horas…
     - Porque é que dizes isso? – Perguntou Mafalda rindo-se tal como eu.
     - Já sabem como é que ela é, meninas…
     - Sim, nisso tens razão. O que é que será que aquela maluca deve estar a fazer agora? – Perguntei.
     - Ou com quem é que deve estar agora… - Propôs a Joyce, libertando uma ligeira risada.
     - Oh Joycinha, sabes de alguma coisa? – Perguntou Mafalda num tom de brincadeira. Parecia intrigada. Não era a única.
     - Yaaa Joyce, contaaa! – Concordei cm Mafalda.
     - Ok ok, ela está num encontro com aquele rapaz do bar….
     Desatámo-nos todas a rir.
     - Estás a gozar! – Perguntei, ainda a rir.
     - Aquela rapariga não perde uma! – Disse a Mafalda, também a rir-se.
     - Mesmo! – Concordou Joyce – Bem meninas, a conversa está mesmo muito interessante, mas eu tenho de desligar… Beijo!
     - Beijinhos – Respondi eu e a Mafalda em conjunto.
     A Joyce desligou.
     - Bem, espero-te daqui a meia hora, então Mafalda.
     - Ok. Até já. – Respondeu-me, o que me pareceu a sorrir.
     Desligou também.
     Meia hora depois ouvi a campainha tocar.
     - Olá! – Disse eu.
     - Olá! – Respondeu Mafalda.
     - Entra, entra. Põe-te à vontade.
     - Então o que é que vamos almoçar? – Perguntou curiosa.
     - Estava a pensar em encomendar uma pizza, que te parece? – Perguntei.
     - Parece-me muito bem! – Respondeu-me sorrindo ao mesmo tempo.
     - Eu vou preparar as coisas, e tu encomendas, ok? – Perguntei.
 - Ok.
     Como íamos ser só nós as duas, preparei tudo na sala.
     Passado algum tempo, a campainha tocou de novo.
     - Eu vou lá. – Disse a Mafalda.
     - Ok, o dinheiro está na mesinha de entrada – respondi.
     A Mafalda pagou ao estafeta, fechou a porta e dirigiu-se para a sala.
     - Cheira mesmo bem! – Disse eu.
     - E deve saber ainda melhor!
     Sentámo-nos no sofá. Cortei a pizza, e cada uma serviu-se.
Continua...
Mariana Campos