sexta-feira, 9 de março de 2012

Momentos de imaginação...

-e
ste ano em Londres o inverno veio em força, não há um único dia em que não haja nevoeiro e não há um dia onde não me sinta sufocada.
O ar estagnado na neblina, o frio cortante que nos traz o vento, torna tudo mais escuro, sem vida e a cidade por muito que deixe as lareiras das casas acesas pela manha para que não hajam desgraças durante a noite. Por muito que os homens teimem em deixar os candeeiros de rua acesos pela cidade, por mais que as fabricas dos subúrbios continuem a sua actividade e por mais que as padarias continuem a coser o pão, a cidade não deixa cair a mascara triste e um pouco ou tanto duvidosa e perigosa.
Mesmo que as crianças, indiferentes a tudo isto continuem a brincar e a correr pelas praças soltando aquelas inocentes e estridentes mas carinhosas gargalhadas, eu sei que algo se irá passar, sinto-o, Há um mês que não saio de casa, a neve já sufoca o solo londrino com os seus gélidos e delicados cristais, até os dias passam mais devagar mas nem mesmo a lentidão faz parar a dor que continuo-o a sentir dentro de mim, quando acordo de manha penso no que se irá passar nesse dia, como um aviso, mas nem mesmo o sono consegue adormecer o aperto que tenho no coração, esta dor esta a dar cabe de mim, vai-se acentuando dia para dia, sem que eu possa disser basta, mas para acentuar mais o meus estado sinto-me só, será que é por isso que tenho este aperto?
Enquanto Elisabeth pensava para si alguém se aproximava da porta de sua casa, era uma casa vitoriana, tradicionalmente vitoriana, a fachada da casa era composta com telhas de madeira escura, com as tradicionais janelas a saírem para fora, mas no seu interior estava o verdadeiro mapa, para entender a cabeça de Elisabeth.
A casa estava em silêncio, ainda era de madrugada, quando bateram á porta, rose a governanta da casa ainda estava de camisa de dormir quando a foi abrir, quando a abriu uma figura magra, vestida a rigor e esguia fazia-se aparecer pela frente da porta, só se consegui ver metade do corpo já que a outra metade estava envolvida na escuridão da sombra da porta.
Por de traz daquela figura encontrava-se Emily uma amiga de longa data de Elisabeth, uma das poucas, já que Elisabeth era pouco sociável.
-Bom dia. Miss Emily! - Exclamou surpreendida rose – em que a posso ajudar?
-bom dia Rose, vinha falar com a Elisabeth
Emily, nascera e vivera no mesmo sítio em que Elisabeth nasceu, mas quando se tornou adulta casou com um empresário alemão e ambos foram viver para a Alemanha, durante muito tempo as duas falaram através de postais, Emily já tinha composto família mas neste momento tudo estava ameaçado.
-claro que sim, espere um bocado na sala, vou chamar a menina Elisabeth disse rose.
Rose não era a típica governante de casa, a típica idosa que toma conta dos empregados, que anda sempre enfadonha e cabisbaixa, a resmungar com tudo e com todos, rose era jovem compreensiva e uma mulher multi-tarefas, pois era ela a única que tomava conta da casa, e as vezes quando Elisabeth pensava que ela precisava de ajuda de outra pessoa ela ripostava com uma simples frase”por fora posso parecer apenas uma mulher mas por dentro sou um milhão de homens” a típica mulher liberal.
Rose subiu as estreitas escadas que davam ao piso superior, onde Elisabeth dormia profundamente no seu quarto, quando Rose entrou acendeu o candelabro e numa voz baixa tentou acordar Elisabeth, ao fim de alguns segundos conseguiu ter sucesso e Elisabeth foi lentamente acordando.
-menina tem uma pessoa a sua espera na sala - disse rose
-quem é - disse bocejando Elisabeth
-é a emily! -exclamou rose
Quando rose acabou de disser o nome de emily, Elisabeth correu para o cadeirão onde estava enrolado o seu robe de cetim cor de cereja, vestindo-o a pressa enquanto descia as escadas até á colossal sala onde emily a esperava com ansiedade.

CONTINUA...
Ricardo  Pereira 
E se queres descobrir o que vai acontecer então espera pelo próximo excerto desta viciante história de um dos nossos leitores Ricardo Pereira!!!

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