domingo, 4 de setembro de 2011

A Minha Melhor Aventura de Sempre!- 1º Passatempo/ 1º Ronda



            - Que estás a fazer?

            - Mãe, eu já te disse, hoje vou à piscina com a Sofia, estou a preparar-me para ir...
            - Já tens o almoço pronto para lá ficares o dia todo?
            - Já, fiz-lo ontem à noite.
            - Então está bem. Cuidado, não fales com desconhecidos!
            - Está bem mãe, adeus, até logo!

            Olá, vou apresentar-me, sou a Larah e tenho 14 anos. Como vocês perceberam na conversa que tive com a minha mãe, vou a caminho da piscina para passar um dia com a minha melhor amiga, a Sofia. Cheguei a casa da Sofia.
            - Olá!
            - Olá! Então, vens à piscina? - pergunto.
            - Claro! Deixa-me só despedir-me da minha mãe e pegar nas coisas...
            - Está bem.
            Depois de cinco minutos, ela chega cá fora e diz-me:
            - Então, que se passou entre ti e o João para acabares com ele?
            - Nem me fales disso, fiquei tão triste...
            - Como assim? Que se passou?
            - Apanhei-o aos beijos com a burra da Rita...
            - Qual? Aquela loira alta?
            - Sim... Logo ela... Ele sabia que eu a odiava...
            - Que estúpido! Fizeste bem acabar com ele... Rapazes assim não te merecem...
            - Pois... - disse eu com uma cara desanimada.
            - Agora, vez de pensarmos sobre essas coisas, que tal pensar quantos rapazes vamos conhecer na piscina?
            - Por mim vamos... - quando estava prestes a continuar a frase, reparo que havia um carro atrás de nós.
            - Ó Sofia, já reparaste que aquele carro está a vigiar-nos? - pergunto eu ao ouvido dela.
            Quando ela olha para trás, ela grita muito alto:
            - São raptores! Corre!
            Nós corremos a uma velocidade enorme, mas o carro prega a fundo e bloqueia-nos. Depois, num segundo, os homens já estavam a agarrar-nos e a tapar as nossas bocas para nós não conseguirmos gritar. A seguir, metem-nos dentro do carro e, enquanto amarravam as nossas mãos e os nossos pés a Sofia grita enquanto lhe caía uma lágrima no olho:
            - Que é que se passa? O que é que vocês querem?
            - As meninas já vão ver o que vamos fazer! - dizem eles enquanto riam-se sem parar, daqueles risos maléficos, estão a ver?
            Passado meia hora de viagem, o que estava a conduzir o carro, vira-se para trás e diz:
            - Chegamos...
            Eu e a Sofia olhámos para a frente e vemos uma fábrica velha e a parte de cima dizia: "Fábrica de Sapatos do Tio Lenny".
            - É a antiga fábrica do meu tio Leo... - sussurra-me a Sofia ao ouvido.
            Quando ela me disse isto, já nem sabia o que havia de dizer...
            Deixem-me explicar, a Sofia nunca gostou do 'Tio Leo'. Ele olha-lhe para ela como se fosse um bicho rastejante que quando os vemos, temos nojo e só nos apetece matar naquele momento... Desde que ela nasceu! Também, a Sofia contou-me que, quando era pequenina, ela pedia-lhe sempre para brincar com ele, ele disse logo: "Sai daqui bicho ranhoso e fedorento!"
            O carro pára. Os homens saem e pegam em nós como se fossemos bonecas de peluche e levam-nos para dentro da fábrica.
            Quando lá entrámos, eu olho para todo aquele espaço e vejo, num cantinho, dez crianças, alguns com a nossa idade, outros por volta dos 12 anos.
            Começamos a subir umas escadas que acabavam num escritório totalmente vazio. Os homens sentam-nos nas 2 cadeiras que estão à frente da secretária, a cadeira que estava atrás da secretária vira-se para nós.
            - TIO LEO!?!? - grita a Sofia.
            - Eu não acredito, eu disse-vos para não irem procurar naquela zona!
            - Desculpe Sr. Lenny. - dizem os homens em coro.
            - E agora? Que faço?
            - Deixa-nos ir embora... - diz a Sofia baixinho.
            - Isso era o que tu querias! Tu ficas comigo, a tua amiga vai para o cantinho onde estão os outros...
            - Não, por favor! Larah, fica comigo!
            E eles levam-me lá para baixo, ao pé dos outros enquanto eu vejo a minha melhor amiga derramada em lágrimas, com medo que nos víssemos pela última vez...
            Quando lá chego, lembro-me de me perguntar a mim mesma: "Que fazemos aqui?"
            - Olá, olha, podem-me dizer o que fazemos aqui?
            O rapaz ao meu lado, quando se virou, olhei-lhe nos olhos e pensei: "Que lindo!". Aqueles olhos verdes lindos, aquela cara perfeita, a sua pele morena, fiquei logo derretida, com o meu coração aos pulos!
            - Não sei... - diz-me ele com aquela voz perfeita.
            - Vocês estão aqui para trabalhar numa fábrica no resto das vossas vidas! - diz o 'Tio Leo', acabado de chegar, com um riso maléfico seguido.
            - A Sofia?
            - Está nas máquinas, o sítio onde tu estarás quando tiver 50 bichos como tu aqui.
            E sai com os seus homens e com o seu riso maléfico... Porque é que os maus têm sempre um riso maléfico?
            - Temos de sair daqui! - digo eu, baixinho.
            Então eu viro-me de costas para o rapaz de olhos verdes, agarro nas cordas que amarravam as mãos dele e desamarro-o. Ele desamarra a dos pés, e desamarra toda gente... Sou a última a ser desamarrada. Ele agarra a minha mão e diz:
            - Anda, vá lá, antes que eles voltem...
            - Vai tu, eu vou salvar a minha melhor amiga primeiro.
            - Então eu fico contigo.
            - Ficas? Porquê?
            - Simpatizei-me logo contigo, e tu ajudaste os outros a fugir...
            - Então está bem. Agora temos que encontrar o mapa do edíficio...
            - Antes temos que fugir que eles estão a sair...
            - Para aquela sala!
            Vamos ambos a correr para uma sala escura, fechamos a porta e, quando ligamos as luzes e vemos prateleiras cheias de caixas de sapatos. E também uma conduta aberta...
            - Vamos por ali!
            Começamos a subir as prateleiras e ouvimos uma berro: "Eles estão dentro daquela sala!"... Nesse momento, o rapaz atira-se para a conduta e depois eu atiro-me, eu quase que caía, mas ele agarra-me a mão com as suas mãos suaves e puxa-me para cima. No segundo seguinte, eles abrem a porta e saem logo a seguir... Nós vamos sempre em frente pelas condutas...
            - Então, como te chamas? - perguntou-me o rapaz lindo.
            - Larah, com 'h' no fim. E tu?
            - Luís.
            - Foste raptado à quanto tempo?
            - Há 3 dias, fui o primeiro. Ia festejar o meu 14º aniversário em casa da minha avó quando tudo aconteceu.
            - Então isto começou à pouco tempo... Ah! E, parabéns atrasados.
            - Sim, parece que sim. Obrigado.
            - De...
            Eu ia continuar até ser interrompida...
            - O mapa!
            - Boa!!! Agora, por onde vamos?
            - Esta direita fica a sala das máquinas!
            Quando viramos à direita, demos três pequenos passos e acabamos por cair da conduta... E caímos numa má altura, estava lá o Lenny com a Sofia... Ele pega em nós, amarra-me contra uma cadeira, e na cadeira atrás, amarra a Sofia, que estava cheia de sangue... Quanto ao Luís, o Lenny amarra-o contra o poste que estava mesmo à minha frente, o poste cheio de sangue...
            - Então... Tu decidiste libertar todos aqueles bichos... O que é que te deu para fazeres isso? - enquanto grita a última pergunta dá-lhe um murro nas costelas, e o Luís acaba por vomitar sangue...
            - Pára! Fui eu que os libertei! - gritei eu com o aperto no coração, por vê-lo a levar tamanho murro sem ter culpa...
            - Não! Fui eu que os libertei, e tenho muito orgulho no que fiz... - diz ele, aflito...
            No momento em que o Lenny deu um murro ainda mais forte, um carro parte a parede... Era a polícia... Tinha chegado um pouco atrasados... 
            Quando os homens do Lenny e o próprio eram levados para a esquadra, eu vou ter com a Sofia para saber se ela partiu alguma coisa...
            - Não, não parti nada... Vais mas é ter com o teu amigo... Ele deve ter partido alguma coisa...
            Então eu obedeci-a.
            - Então, estás bem?
            - Estou, só parti 3 costelas... Mas quando olho para ti, sinto-me curado!
            - Oh, que querido. Se te tivesse conhecido mais cedo dava-te uma prenda de aniversário linda mesmo!
            - Não precisas, conhecer-te foi a melhor prenda que alguma vez tive...
            Depois de me dizer isto, dá-me um beijo mas daqueles que deixam as raparigas nas nuvens, mas eu estava muito mais alto...
            Bem, agora que vos contei a minha melhor aventura de sempre, não tenho mais nada para contar... Só vos tenho a dizer que sou muito feliz com o rapaz dos meus sonhos e a minha melhor amiga de sempre ao meu lado... Agora tenho que ir... Tenho a minha mãe à espera... Ela pensa que estou na piscina... Quando lhe contar ela vai-se passar! Adeus!
           Débora Abreu 



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