Quando eu era pequenino,
nem podia suportar
o peso das borboletas,
que em mim queriam poisar
fui crescendo pouco a pouco
e o tempo sempre a girar
fez de mim este gigante
tamanho que faz pasmar
tão grossa, rija, apromada
já pouco posso durar
já vejo além o machado
com que me vão derrubar
já vejo os dentes da serra
com que me ande serrar
serei caixão, serei barco, ...
Desde pequena, bem pequenina ouço este poema, sim é verdade o poema está incompleto, e nem faço ideia de quem o elaborou, apenas sei quem mo declamou... Está incompleto, porque este poema já vem na cabeça do meu avô, ainda antes de eu sequer dar sinais de vida. Mas, sempre que o ouço dizer isto, há um brilho no seu olhar, sempre que me mostro interessada e que a minha expressão é de quem tem prazer e orgulho em ouvi-lo, também a sua expressão muda! É realmente um poema magnifico, mas ainda mais mágico é, quando declamado com vontade. Porque acreditem um poema perde toda a beleza quando, é dito simplesmente porque se tem de ler ou dizer!!!
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