sábado, 10 de setembro de 2011

Momentos de imaginação...

                                                                 Coração Florescido

Eu a pensar, que meu coração
Que já florira,
Me enganara redondamente
Ao descobrir, que ele apenas queria se divertir comigo.

Agora num País não no meu,
Com costumes e tradições diferentes,
Longe de meus amigos
E aos novos costumes habituar tenho.

A minha casa, um rapaz acompanhado veio,
Para com meu pai falar,
Há espera não estava
De minha mão em casamento pediu.

Muito nova sou,
Em casar não pensava
Os estudos queria terminar,
Pelo mundo sonhava viajar.

O que mais me espantou
Foi minha mão ter sido concedida,
A um rapaz que não conhecia
Apenas duas vezes o tinha visto.




Todos os dias passou a me visitar,
Ao saber que três esposas já tinha
E muito mais velho do que aparentava,
Chocada fiquei.

Nas suas visitas, seus costumes falava
E sua língua me ajudava  aperfeiçoa-la,
Sempre na despedida
Em minha mão um beijo terno  dava.

Certo dia, ao beijar minha mão
Seus lábios pareciam queimar minha pele,
Confusa me sentia
Pois mal o conhecia.

Dia do casamento chegou
Uma grande festa foi,
Meu corpo e alma lhe entreguei
Delicado para comigo foi.

Com o passar do tempo,
Meu corpo parecia ficar em chamas
Apenas de mim se aproximar,
Mal me tocava meu coração explodia.

O que nada me agradava
Era ter que partilha-lo com mais três mulheres,
Ciúmes comecei a sentir
Queria-o apenas para mim.

Quatro mulheres todas diferentes
Duas culturas nada a ver,
A uma delas ajudar tentei
E comigo furioso ficou.

Mais tarde uma reunião ouve
E mais uma vez,
Mulheres para um lado
Homens para outro.

Com o decorrer da reunião,
Mulheres mais velhas
Comigo chocadas ficaram,
Por uma maneira diferente pensar.

Com os ânimos demasiados exaltados,
Furioso de novo comigo ficou
E a minha família me entregou,
Furiosa fiquei e com ele gritei.

No dia seguinte, o primeiro avião apanhei,
Maior de idade já era
Viajar sem autorização já podia
Para meu país regressei.

Ao meio da manhã
 A casa de meus pais ele foi,
Arrependido sentia-se
Ao saber que parti, desesperado ficou.

Por fim ao meu País cheguei
Primeira coisa que fiz,
Foi ir para a praia
E na água gelada do mar mergulhei.

Mas não consegui
 Tirar esta dor de meu peito,
Não sabia que quando
O coração florescesse ardesse de paixão.

Após alguns meses o reencontrei
Enquanto trabalhava,
A dor sentida pensava ter desaparecido
Apenas tinha adormecido.

Nessa noite a minha casa foi,
Pediu para que voltasse
Não aguentava a dor sentida  em seu peito,
Por não estar mais a seu lado.

Por mais que eu negasse
Mais o desejava,
Bastou apenas me tocar
E meu corpo me atraiçoou.


Em seu braços me entreguei
E nossos corpos
 Em chamas se transformaram
                            De tanta paixão.                                             
 Paula Perleques

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