Não posso, evitar estar assim, não quero mas não consigo mudar a revolta que sinto dentro de mim. As perguntas são constantes, mas não tenho respostas para elas, não consigo responder nem a mim própria, nem sempre é fácil, camuflar-me, fingir sentir o que não sinto, ás vezes é mais fácil unir me aos desistentes, mas há uma voz que não me deixa desistir e pertencer aos falhados, há uma voz que não sei de onde vem, nem de quem é, mas sei que é ela que me faz erguer a cabeça e lutar contra tudo e todos, que me querem derrubar. Como fazê-lo não sei, mas na hora o mais fácil é responder, e libertar a raiva de estar a ser humilhada. No momento, em que tudo está negro, e a acontecer ao mesmo tempo, pensar não faz parte do vocabulário, pois todos os pensamentos se juntam num só- estou perdida e por vezes desabafamos com pessoas que também têm os seus problemas mas no momento só pensamos nos nossos. E depois, depois todos têm culpa, culpa por não perceberem, por não compreenderem, por não saberem o que quero, mas que na verdade essa atitude de todos terem culpa, não passa de um capricho. Pois, a verdadeira culpa, pertence a quem feriu, porque feriu cruelmente, mas também a que se deixou ferir, por deixar que esse golpe seja importante o suficiente, para fazer uma ferida, que por vezes provoca muita dor!!!
Adriana Carneiro-Pintura de Palavras
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